Hoje, muito se ouve falar de criar experiência criativas em sala de aula, de inovar e colocar as crianças para viverem momentos onde usem a criatividade. Mas afinal, isso é um novo método, uma novidade que permeia a educação ou mais uma metodologia passageira?
Primeiro, precisamos entender que essa ideia de aprender usando a criatividade e a interação dos alunos já vem de muito tempo. Mas de alguns anos para cá novos autores falam com mais autoridade sobre o assunto.
A aprendizagem criativa defende o aprendizado como produto do processo, envolve experimentação, criatividade, colaboração e incentiva os alunos a trabalharem com situações práticas. Um conceito sustentado por um grupo de pesquisas do MIT Media Lab.
Os estudantes aprendem melhor quando percebem que estão gerando conhecimento significativo para eles e para a sociedade. Nessa abordagem, o aprendizado é construído através da participação ativa do aluno ao se conectar e interagir com o mundo, assim o aluno busca seus materiais, tecnológicos ou não para encontrar soluções e aprender na prática, de uma maneira lúdica, criativa e eficiente. Dessa maneira, o aluno passa a ser parte do processo, onde o professor assume o papel de incentivador, mediador e provocador.
A aprendizagem criativa visa uma educação mão na massa, além de colaborativa ser criativa, onde toda a escola possa participar junto, é preciso fazer acontecer e envolver a maior quantidade de pessoas dentro da escola, aprender no cotidiano usando ferramentas já conhecidas a nosso favor.
Essa aprendizagem propõe um ensino onde a exploração é a palavra chave, e durante o processo existem momentos para imaginar, criar, brincar, compartilhar e refletir; esse processo é chamado de espiral da aprendizagem. Cada parte desse espiral traz ao aluno um nível diferente de compreensão do aprendizado. Nesse espiral toda a bagagem e conhecimento que os alunos já possuem contribuem para um processo ainda mais complexo.
Dentro dessa abordagem, falamos sobre os 4Ps, que são princípios orientadores para uma aprendizagem criativa. São eles:
Projetos: no trabalho com projetos, os alunos constroem o conhecimento por meio de diferentes áreas do conhecimento, existe uma conexão com o mundo real;
Paixão: os alunos têm espaço para trabalhar seus interesses e isso incentiva que eles se dediquem ainda mais aos seus projetos, onde eles se apaixonam pelo problema;
Pares: trabalhar em pares (que podem ser grupos) incentiva a troca de opiniões e experiências durante o processo, compartilhando suas ideias e recebendo feedback de outras pessoas;
Pensar brincando: acontece quando o meio está envolvente permitindo a colaboração e a criação, os alunos se sentem livres para experimentar.
Agindo dessa maneira, o processo de criação torna-se divertido e expõe aos alunos uma condição de aprendizado totalmente envolvente. Os estudantes têm assim, a oportunidade de expor suas ideias e colocá-las em prática, criando um ambiente para um aprendizado significativo.
Trabalhar com a aprendizagem criativa é dar espaço a todos os valores e unir os conceitos para exercitar o autoconhecimento, aumentar interesse e autonomia dos alunos, descobrir novas paixões, desenvolvendo uma postura mais ativa em relação ao mundo.